Nome: Josh M. Heiselmann
Idade: 27 anos (17/11/1991)
Personalidade: Calmo e metódico, Josh aprendeu a criar máscaras para as mais diversas situações. Sabe ser gentil quando convém, engraçado quando precisa se aproximar e conquistar a confiança de alguém e analisar as expressões e gestos das pessoas. Porém quando está sozinho com suas vítimas é que sua máscara de sanidade cai. Torna-se um homem sem emoções e as lembranças do passado vem à tona. Único elo emotivo que possui é com seu irmão John e com quem divide todos os seus segredos que guarda.
Nacionalidade: Frankfurt - Alemanha
Orientação Sexual: Heterossexual
Aparência Física: 1,80 de altura, corpo atlético, cabelos castanho-claro e olhos de mesma cor. Seu semblante é quase sempre sério e veste geralmente jeans preto, tênis, camisa e casaco. (Vide avatar)
História:
O passado de um homem determina imensamente o seu futuro. Talvez o meu tenha realmente me trazido ao homem que sou hoje ou simplesmente eu já tenha nascido com um destino traçado para ser o que tornei. Talvez você tenha ouvido falar de mim como apenas mais um monstro sem escrúpulos que mata policiais e agentes da lei como se isso fosse puro divertimento. Posso dizer que hoje em dia é, mas tudo teve um início e um motivo. Queria poder contar toda a minha vida mas infelizmente não possuo paciência e então irei resumir tudo o que me recordo até aqui.
Não conheci meus pais biológicos e a primeira lembrança que tenho, sou eu nos corredores de um dos principais orfanatos de Frankfurt onde vivi até meus doze anos. Passava o dia pelas bibliotecas onde aprendi a falar inglês e espanhol. Não possuía amigos, já que todos de quem eu me aproximava acabavam sendo adotados e no fim eu permanecia sozinho sem que o interesse de qualquer família caísse sobre mim. Foi ai que ela apareceu.
Magda Heiselmann se aproximou de mim enquanto eu estava sentado em um balanço e sorriu tocando em meu joelho. Jamais esquecerei aquela mulher que veio a se tornar minha mãe. Era baixa e com cabelos loiros na altura dos ombros, seus olhos eram de um azul profundo com pequeninos losangos verdes e seu sorriso era brilhante como os primeiros raios da manhã. Estava com um vestido verde-musgo e sapatilhas pretas.
-Oi querido. Sou Magda. – Ela disse acariciando meus cabelos e pela primeira vez em muito tempo eu sorri para alguém.
O processo de adoção não demorou muito e dentro de poucos dias ela me levou para sua casa que ficava nos arredores de Frankfurt. Era um casarão antigo, muito conservado e cujo os fundos davam para uma floresta de pinheiros. Quando desci do carro e olhei para o local, logo soube que eu seria feliz ali. Eu havia encontrado uma família. Mal sabia eu o quanto estava errado.
Minha mãe era o ser mais doce que tive a oportunidade de conhecer. Carinhosa, simpática, bondosa e com tosa as qualidades que você possa imaginar. Ela me ajudou a subir com minhas malas para o quarto e me apresentou a seu filho mais velho: John. Ela desceu para buscar suco com biscoitos e eu fiquei ali parado encarando aquele que viria a se tornar meu único ponto fixo no mundo. John era um jovem muito branco, com cabelos e olhos negros. Tinha quinze anos na época e em questão de aparência não éramos parecidos em nada. Ele veio até mim e começamos a conversar. Eu estava alegre pois sabia que enfim eu estava em um lar de verdade. Poucas horas depois o inferno começou.
Seu nome era Franz e assim que chegou ouvi seus gritos perguntando a minha mãe o motivo dela ter trazido um garoto para casa. Ouvi seus gritos e ao ver o rosto assustado de John pude sentir que naquele lar morava um monstro. Como descrever Franz? Era um home alto, cabelos grisalhos e queixo quadrado. Seus olhos estavam sempre em uma fúria que eu jamais descobrira a origem e quase sempre ele fedia a álcool apesar de ser um homem bem-sucedido. Dia após dia eu comecei a amar Magda (a qual já chamei de mãe desde o primeiro dia), a odiar Franz que me obrigava a chamá-lo de pai e a criar um laço profundo com John que apesar de não ter meu sangue, comecei a considerá-lo um irmão de verdade logo após me proteger de uma surra do nosso maldito pai.
As surras eram muito frequentes em nosso lar e um ódio contido começou a crescer no meu peito. Ver minha mãe apanhar e não poder fazer nada era terrível e eu saia nesses momentos para ficar sozinho na floresta, caminhava muito e descobri um prazer sádico em matar animais. Já haviam se passado alguns anos e John passava dias longe de casa (eu ainda não sabia o motivo) e eu ficava sozinho ali, vendo o sangue escorrer da barriga de esquilos. Acabei descobrindo que meu irmão se envolvera em pequenos crimes (para saber mais leia a parte dele da história), ele me treinou por algum tempo para aprender a me proteger e então eu tomei a decisão que me trouxe até onde estou hoje.
Era uma tarde de neve e estávamos numa cabana que John comprara, quando peguei minha mochila que estava com algumas peças de roupas e acessórios que eu considerava importantes e disse em voz baixa:
-Eu vou fugir. Preciso sair daqui e ficar longe dele.
-E a mamãe? – Perguntou John arranhando a parede do chalé com uma faca.
-Você irá protegê-la. Eu não posso ficar mais aqui. Não sei o que faria se eu visse ele levantar a mão contra ela novamente.
-Não tem alguma maneira de eu te convencer a ficar né? – Ele perguntou.
-Você sab que não. – Respondi.
John nada disse e apenas me deu dinheiro e outros acessórios. Por um momento eu sabia que era injusto deixar a pessoa que mais me apoiara e cuidara de mim para trás. Mas era necessário. Nos despedimos com um abraço e eu sumi na neve que caia. Eu tinha apenas dezesseis anos e estava rumando ao desconhecido.
Dois anos se passaram até eu matar uma pessoa pela primeira vez. Beatrice era uma garota incrível que eu havia conhecido logo após chegar a Londres. Era baixa, cabelos acobreados, olhos verdes e um perfume que me deixava encantado a cada vez que eu a encontrava. Saíamos sempre que era possível, ela me apresentou toda Londres e ria bastante do meu sotaque. Aos dezoito anos começamos a namorar e pela primeira vez na vida me senti feliz e sabia que enfim poderia esquecer meu passado. Após seis meses de namoro, ela foi atingida por um tiro de um policial que a alvejou pensando que ela era a ladra que ele perseguira. Ela morreu dois dias depois. Não fui ao seu enterro e fiquei alguns dias em meu apartamento sentindo algo quebrado dentro de mim. Os agentes da lei não eram para proteger os cidadãos? Não era seu dever garantir a ordem e a justiça? O que era justiça afinal? Logo depois recebo a notícia que havia sido considerado um acidente e o policial ficaria livre. Isso era justo?
Na calada da noite eu sai e o encontrei comemorando em um bar. Ele saiu de madrugada e quando se dirigia pelo estacionamento até seu carro, eu cheguei por trás e enfiei uma faca em suas costas. Uma vez...Duas... Três... Foi ali que meu vício nasceu. Tornei-me um Serial Killer de agentes da lei e já era focado como suspeito polícia após o vigésimo quinto assassinato, mas eles não tinham provas o suficiente. Eu era sempre muito cuidadoso e eles jamais achavam qualquer prova que me incriminasse.
Aos vinte dois anos recebo a notícia que minha mãe havia falecido de câncer. Sem notícias do meu pai. No final desse mesmo ano reencontro John em Londres e descubro que ele havia se tornado um mercenário de alto grau e extremamente letal com uma Sniper. Quando o vi de novo quase dez anos depois que fugi de casa eu realmente percebi os quanto nossos destinos estavam ligados.
Agora possuo vinte e sete anos e estou mais maduro do que jamais estive antes. John se tornara dono de um bar e todos por ali conheciam os irmãos Heilsemann, mas será que saberia a nossa verdadeira história?